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segunda-feira, janeiro 07, 2013

Realidade: Atração


Desejo de aproximar a si. Deus possui esse sentimento com relação à humanidade, distanciada D’Ele pelo pecado, Jr 31:3; Is 11:4.
Jesus, ao morrer na cruz, desejava atrair todos a Si mesmo, Jo 12:32.
Porém, existe a atração entre os seres humanos, geralmente no sentido sexual. Quando Deus formou o homem e a mulher em Gn 2, Ele colocou neles a atração sexual: “E disse o homem: Esta, afinal é osso dos meus ossos e carne de minha carne”, Gn 2:23. Adão sentiu-se atraído por Eva. O macho sente atração pela fêmea e vice-versa.
Esta sensação começa na pré-adolescência e permanece enquanto a pessoa tiver vitalidade. Esse tipo de sentimento é perfeitamente normal. A pessoa saudável fisicamente sente uma atração especial pelo sexo oposto. “Atração sexual” é diferente de “desejo sexual”. Sentir atração sexual não é pecado, se evitar-se as fantasias e o desejo que pode despertar por trás da atração. O “desejo sexual” é a vontade de tomar para si a pessoa pela qual se sente a atração, e também não é pecado, se for bem administrado espiritualmente.
A mulher que quer ter uma vida pura diante de Deus não deve ficar se atormentando por seus sentimentos sexuais naturais. Pelo contrário, deve agradecer a Deus por este presente e privilégio: a  sexualidade. Quem fez o sexo foi Deus e não o diabo. “Deus os criou: HOMEM e MULHER os criou”, Gn 1:27. Antes de Deus formar o homem do pó da terra, Ele já tinha criado o ser humano - macho e fêmea - em Sua mente. Isto quer dizer que Deus criou o sexo antes de formar o homem.
Entre as Suas ordens para o homem, estava a da reprodução, Gn 1:28, o que inclui a ação sexual, Gn 2:24b. Não foi o homem quem inventou o ato sexual, foi Deus quem projetou a forma do homem se unir a uma mulher e resultar nisto uma só carne.
Deus fez o ato sexual e, como tudo que Deus fez, “era bom”. Deus fez o melhor para o homem: a melhor companheira, a melhor atração, o melhor ato, a melhor forma de multiplicação. Foi Deus, também, quem fez a nudez, Gn 2:25b.




O homem possui um corpo bonito por suas qualidades de força, os músculos se combinam para dar anatomia perfeita. Mas não é isso que satisfaz plenamente a mulher, visto que a sua sensibilidade pede carinho, afeto, trato especial. O corpo da mulher é diferente, possui qualidade de fragilidade, singeleza e beleza, sua forma e suas linhas são diferentes do corpo masculino. O pecado não mudou isso, portanto a “vergonha” refere-se ao que o homem fez do seu corpo, dando lugar ao pecado. A mulher não se admira do corpo do homem porque ele não foi feito para isto, porém o homem é atraído pelo corpo nu ou insinuante da mulher, porque ele foi feito para agradar o homem.
Daí, a exploração feminina para despertar a atração do homem, por meio de recursos sensuais.
Embora a pornografia seja a atividade mais antiga desenvolvida pelas mulheres, nos últimos tempos ela tem se multiplicado vergonhosamente. Através da internet, das revistas, dos programas de televisão e das fitas de vídeo, o sensualismo atingiu proporções incríveis, alcançando, inclusive, as mulheres e moças de Deus. A queda do homem privou o ser humano da inocência perante a nudez e a Bíblia o chama ao pudor, ao respeito, a “cobrir as vergonhas”, a evitar a nudez, para que o pecado não prevaleça. O sexo não é pecado, desde que praticado dentro do casamento e nos parâmetros orientados por Deus em Sua Palavra. O pecado é a depravação sexual, a pornografia, que transforma o sexo em imoralidade, em objeto de comércio. A pornografia é uma maneira de ensinar o sexo erradamente, pois apela apenas para a atração mediante o sensualismo barato.
O instinto sexual faz parte do ser humano e não há culpa nisso. O que Deus proíbe no sexo são as abominações, como: homossexualismo, ver lesbianismo (Lv 18:22; Rm 1:24,27); a bestialidade (Lv 18:23; 20:15; Dt 27:21); a prostituição, que, literalmente quer dizer: colocar-se diante de, oferecer-se à venda, colocar o corpo à disposição para fins lucrativos ou libidinosos (Lv 19:29; 21:9; Dt 23:17; 1Ts 4:3; Nm 25); a fornicação (Pv 5.15-20; 9.13,18; Ec 11.9; Ct 8.8,10; 1Co 6.15); o estupro (Dt 22.25,29); o incesto (Lv 18; Dt 27.20,23); a poligamia (Lv 18:18); o adultério (Êx 20:14; Dt 22:22; Pv 7:6,24; Ml 2:14-16); os coitos abusivos (Lv 15:19; 18:19; Rm 1:26); o casamento misto (Gn 6:2; Dt 7:3,4; Ed 9:10; 2Co 6:16); a lascívia, ver sensualismo (1Cr 5.9; Gl 5.19) e, finalmente, a provocação, ver defraudação (Pv 5:1-6; 6:23-25; 7:10-18).
Esse tipo de atração provocada pela imoralidade, pelo sensualismo, pela oferta barata de programas sexuais depravados, tem resultado em lares destruídos, vidas frustradas, traumatizadas, abatidas pela desilusão, coisas que só o grande amor e ação de Deus podem mudar e libertar. Porém, a atração benéfica, aliada ao temor de Deus, tem abençoado muitos lares cristãos, onde o casal se realiza pelo amor, pelo respeito, pelo sexo correto, pela vida aprovada segundo a Palavra do Senhor.
Onde a atração é exercida dentro da legitimidade, do direcionamento correto, para a glória de Deus.
Onde o desejo é alimentado não só com a influência da carne, mas sobretudo com o tempero da presença do Espírito Santo aprovando e abençoando todo o relacionamento de um casal que se ama.

Por Alaid S. Schimidt

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