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segunda-feira, maio 28, 2012

Estudo: Crie raízes e frutifique - Parte 3


4. O “TURISTA” – é a pessoa que vive visitando igrejas, trabalhos, programações de outras denominações, não cria raízes em sua própria igreja. Ou então, assume muitas atividades fora e aparece na sua igreja só de vez em quando. Ela fortalece o trabalho de outros e enfraquece o lugar onde deveria cooperar por designação divina, como o turista enriquece a região que visita. A liderança nem sempre é informada das suas programações e fica sem cobertura espiritual. Não cria raízes, não frutifica, não se pode contar com ela. Às vezes é dotada de talentos maravilhosos, que não podem ser desempenhados em sua igreja, sendo substituída por pessoas muitas vezes bem menos capacitadas, por conta das suas atitudes.
Nesse grupo também está o crente que vai à igreja de vez em quando, está sempre ocupado ou embaraçado com seus afazeres particulares, deixando a igreja em último plano para a sua vida. Além de prejudicar sua vida espiritual e a espiritualidade de sua família, essa pessoa dificilmente será nomeada para cargos e funções que a ajudem a produzir frutos para o reino de Deus. “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns”, Hb 10.25. A esta pessoa o Senhor diz: “Congrega-te, sim, congrega-te, ó nação que não tens desejo”, Sf 2.1. A receita da frutificação é desenvolver a unidade com o corpo de Cristo: “Oh! Quão bom e quão suave é, que os irmãos vivam em união”, Sl 133.1.


5. O INCONSISTENTE – é aquele que não tem consistência, sem firmeza, está sempre vacilando entre a fé e a descrença, entre o certo e o errado, entre a esperança e o desespero, entre o amor e o ódio, entre o serviço e a negligência. É o crente de “duas caras”, que não se entrega totalmente a Deus e vive de aparência espiritual. Sempre usando a “muleta espiritual”, ou seja, dependendo de outros para se firmar. Quando essa pessoa está “em alta” quer fazer, cantar, dirigir, acontecer e outras atividades, mas logo desanima e fica sem continuidade, gerando desconfiança e descrédito. 
A parábola do semeador fala do crente inconsistente, cujo coração ou é terreno de espinho, ou terreno pedregoso. A semente vinga, mas vindo as lutas, as tentações, as atrações do mundo, a sedução das riquezas, logo perde a firmeza e descai da fé (Mt 13). Somente haverá de dar bons e permanentes frutos aquele que preparar seu coração, estercar a terra da fé com o testemunho e a Palavra, colocando-se totalmente na dependência de Deus para o seu crescimento e proveito no Reino. Consistência é sinônimo de vitória na vida espiritual e de continuidade na obra do Senhor.

6. O VOLUNTARIOSO – Este escolhe o que quer fazer. Só aceita cargos e funções que satisfaçam o seu ego. Só desenvolve atividades se gostar da liderança ou se estiver liderando. Gosta de dar opiniões até onde não é chamado e geralmente é turrão, não abre para mudanças e nem para ideias de outros. Vive por conta dos seus caprichos, despreza o trabalho dos outros, tornando-se agastadiço e produzindo inimizades muitas vezes em cadeia. Essa pessoa vive com o semblante amarrado, é de pouco riso e procura sempre estar “por cima”. Nunca perde a razão, não aceita conselhos e nem admoestações, deixando os outros tristes e decepcionados. Fere, machuca, faz birra, às vezes grita para se impor.
Geralmente o voluntarioso anda junto com o separatista e o maldizente. Quando fala em grupo é para criticar, desmerecer, ofender. Pior, quando fala em separado. Em vez de semear a Palavra que cura, que liberta, que salva e santifica, ele semeia a crítica destrutiva, a contenda e a difamação, tornando-se abominável inclusive aos olhos de Deus, Pv 6.19. O crente voluntarioso, separatista e maldizente perde grandes oportunidades de realizar a obra de Deus, produzindo frutos que saltem para a eternidade. Esse deve aprender a orar com o salmista: “Ensina-me a fazer a Tua vontade, ó meu Deus!”, Sl 143.10. “Não servindo à vista, como para agradar os homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus”, Ef 6.6. 

CONCLUINDO
Deus não espera que sejamos eficientes e altamente produtivos de uma hora para outra. O que Ele quer de nós é que sejamos conscientes de que somos escolhidos e que Ele nos nomeou para darmos frutos e frutos permanentes. Ele espera que estejamos disponíveis para aprender aquilo que o Espírito Santo nos quer ensinar e sejamos conscientes de que, sem Ele, nada podemos fazer. O Deus que escolhe é o Deus que capacita. A nossa rendição a Ele e à sua vontade certamente nos tornará instrumentos em Suas mãos para realizarmos aquilo que Ele planejou quando nos escolheu, Rm 12.1-2. Que o Espírito Santo traga mudança naquilo que nos impede de corresponder à nomeação feita pelo Deus que, em Sua extrema bondade e sabedoria, nos escolheu para produzir frutos no Seu Reino.
Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos”, Pv 16.3.

Por Alaid S. Schimidt

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