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terça-feira, dezembro 13, 2011

Estudo: Não nos enganemos!


Jr 8.20 – “Passou a sega, findou o verão e nós não estamos salvos”.
O profeta Jeremias estava lamentando, com profunda dor, pela catástrofe que abateu Israel com a invasão do exército babilônico, provocando mortes, destruição e o exílio do povo.
Era o final do verão, a época da colheita tinha passado e o povo estava moral e espiritualmente faminto, vazio e sem salvação.
Deus havia falado, prevenido o povo, mas ele andou segundo o seu coração, não atentou para a sua salvação, nem se preparou para a colheita; agora estava à mercê do destruidor (Jr 7.1-11). A confiança em si próprio, em falsos profetas e em sacerdotes corruptos levou o povo a se esquecer do julgamento divino e do Seu juízo sobre as obras dos homens. 
O pecado gera a morte da alma e também pode antecipar a morte do corpo. Colheita é símbolo de julgamento. Quem arou a terra, semeou e cuidou da plantação, pode esperar os seus frutos; quem, descuidado, não atentou para o tempo, nem se preparou devidamente, vai sofrer as terríveis conseqüências do seu desmazelo.
Israel havia preferido acreditar nos falsos profetas, que vaticinavam apenas bênçãos, prometiam vitórias, mas não o conduzia ao arrependimento dos seus pecados. Babilônia formava o cerco em torno de Israel, mas o povo não percebia e ficou indefeso diante da fúria dos seus ataques. Os que não morreram, foram levados cativos para o exílio. Os mais cultos, os mais belos, os mais destacados do povo, foram alvos do implacável destruidor.  Apenas os pobres e necessitados ficaram na terra e viram a destruição de seus muros, portas, casas e templos.
Hoje não é diferente. O povo de Deus tem prosperado materialmente, procurado o conhecimento do mundo, gozado das facilidades da modernidade. Porém, não tem atentado para a verdadeira palavra profética, que chama ao arrependimento, à mudança de atitudes, à obediência da Palavra de Deus e, principalmente, à “santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).


O povo, indefeso e sem convicções, vai sendo acorrentado aos poucos, preso em suas paixões e desvarios morais, confiando apenas na religião, porém sem manter comunhão e intimidade com Deus. Segue para Babilônia, indefeso e sem forças para romper as correntes que o oprime. 
NÃO NOS DEIXEMOS ENGANAR!
Deus preparou um dia em que haverá de julgar toda a terra (At 17.30-31). Enquanto esse dia determinado não chega, cada um é julgado na hora de sua morte: “Ao homem está ordenado morrer uma vez, vindo depois disto o juízo”, Hb 9.27. O que aguarda quem morre é apenas o juízo de Deus. Naquele dia, todos haverão de comparecer diante do trono branco, onde o Salvador e Advogado Jesus, agora como Juiz, irá proceder ao julgamento de cada alma que viveu na terra, Ap 20.11. O ser humano vai ser julgado segundo o seu caminho e segundo o fruto de suas ações, Jó 34.11; Jr 32.19; Rm 2.5.
Não nos enganemos: “todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus é o Senhor”, Rm 14.11. O verão é o símbolo da oportunidade que Deus oferece para o homem ser salvo. Os anos passam em direção da eternidade. A salvação é atual, é urgente, é mais do que necessário atentar para ela.
DEVEMOS SER SALVOS DA CONDENAÇÃO ETERNA – “Agora, pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”, Rm 8.1. 
Estar em Cristo é condição básica para quem almeja a salvação da alma e a eternidade com Deus. Estar em Cristo representa andar como Cristo andou, fazer o que Cristo fez, obedecer ao que Cristo ordenou. Portanto, quem anda segundo a carne, brinca com a carne, se deleita nos prazeres da carne e do mundo, já está em condenação, Rm 8.8. O amigo do mundo é inimigo de Deus, Tg 4.4. Em 1 Jo 2.15-17, diz que, se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 
Não nos enganemos: ninguém pode servir a dois senhores, Mt  6.24. “Porque sabemos que somos de Deus, mas o mundo está no maligno”, 1 Jo 5.19. Jesus é o único caminho que conduz à eternidade com o Pai, Jo 14.6. 
DEVEMOS SER SALVOS DESTA GERAÇÃO PERVERSA – At 2.40. A perversidade tomou conta da presente geração. Violência, roubos, falcatruas, imoralidade, sensualismo, desejos irrefreados e religiosidade dominada pelo secularismo é a marca dominante desta geração. Ela ainda está firmada pelo avanço científico e tecnológico, pelas facilidades e pela independência, o que afasta o homem cada vez mais de Deus. O ser humano acredita e se satisfaz em si mesmo.
Mas a presente geração também é marcada pelo vazio existencial, pela falta de valores reais, de modelos confiáveis. Então, se entrega aos desvarios das drogas, da maldade contra o seu próprio corpo e da mutilação dos seus mais nobres sentimentos.
DEVEMOS SER SALVOS DE NÓS MESMOS – a libertação da nossa jactância ou da nossa ignorância deve ser buscada, para que deixemos o caminho livre para o Espírito de Deus operar em nós a verdadeira salvação. Isso se chama conversão. Deixamos tudo o que pensamos, tudo o que queremos, tudo em que acreditamos e nos voltamos para Deus, para que Ele opere em nós toda a Sua boa, agradável e perfeita vontade, Tm 12.1,2.  
Buscar a Deus em tempo real, com arrependimento e sincera conversão, é a única chance do ser humano ser livrado da perversidade dominante na presente geração. 
Não nos enganemos! A salvação está próxima de nós: basta olhar para si mesmo, constatar a situação espiritual e correr para Jesus, buscando Nele perdão, graça e salvação em tempo oportuno. Conhecer a Deus e a Jesus, o Seu Enviado para salvar o mundo, é a única forma de receber o passaporte para a vida eterna, Jo 17.3. A salvação é gratuita e a recebemos mediante a fé, Ef 2.8,9. A salvação é estendida a todos e somente pode ser obtida durante a vida terrena. Após a morte, o juízo de Deus já está determinado e a sentença lavrada: vida eterna aos que aceitam Jesus e procuram andar segundo a Sua Palavra; condenação eterna aos que O rejeitam e andam segundo o curso do mundo, Jo 3.16-18.

Por Alaid S. Schimidt

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