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sábado, fevereiro 19, 2011

Estudo: Homilética - Introdução do Sermão

Começar é difícil. Muitos escritores escrevem a introdução quando terminam o livro.
Alguém disse: “O pregador começou por fazer um alicerce para um arranha-céu, mas acabou construindo apenas um galinheiro”.
A introdução é tão importante quanto a decolagem de um avião que, deve ser bem perfeita para um vôo estabilizado. Ela, por certo, deve envolver o ouvinte, despertar o interesse e curiosidade e, também, ser um meio de conduzir os ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma boa introdução dá ao pregador segurança, tranquilidade, firmeza e liberdade na pregação.

Tipos de introdução: Você pode usar um destes tipos para iniciar um sermão:
1 – ILUSTRATIVA – Uso de uma ilustração na introdução.
Imagine que o assunto que será abordado seja complexo e abstrato. Então, comece com uma ilustração que explique e esclareça o que pretende dizer.

2 – DEFINIÇÃO – Explicação detalha de um determinado conceito.
Explique para o ouvinte o que tem a dizer. Dê a ele conceitos significados de símbolos, termos e assuntos que ele provavelmente não conheça.
Em um sermão onde o assunto é a PAZ, o pregador explicou, na introdução, o que é a paz, seus significados no velho e novo testamento, evolução lingüística do termo paz e a aplicação termo hoje.

3 – DIVISÃO – Quando se fala de características opostas. Mostre os dois lados da moeda.
Lendo o texto de Romanos 8: 1 a 17 é possível observar como Paulo trata de dois assuntos opostos, vida através do espírito e vida através da carne.
A introdução por divisão é aquela em que se fala ou compara assuntos como, “paz e guerra”, “amor e ódio”, “salvação e perdição” , “vida cristã e vida mundana”, etc.

4 – CONVITE – Convidar o ouvinte para participar e agir. Leve o ouvinte à ação.
Use os verbos no imperativo.
Analisando o texto de Isaías 55 podemos observar que há um predomínio de verbos (vinde, inclinai, vede, buscai, deixe, invocai etc ) no IMPERATIVO, que caracterizam um convite e ao mesmo tempo uma ordem. Dessa forma o ouvinte está sendo estimulado a agir, fazer ou participar.

5 – INTERROGAÇÃO – Uma pergunta (deverá ser respondida no corpo do sermão).
Para sermões onde o tema é uma pergunta é interessante que esta seja bem explorada na introdução. Observe que, se estamos falando sobre morte ou salvação cabe aqui uma pergunta como “Para onde iremos nós?”, que deve levar o ouvinte a uma reflexão profunda, e para reforçar pode-se usar o texto de Lucas 12:20 “Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te [pedirão] a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”
As perguntas da introdução devem ser respondidas no corpo do sermão.

6 – SUSPENSE – A mensagem principal está oculta e será esclarecida no corpo do sermão.

7 – ALUSÃO HISTÓRICA – Explicar o contexto histórico.
Explique o contexto do texto em que será aplicada a mensagem ( época, país, costumes, tradição, etc.). Observe o texto de João 4: 1 a 19. Caso sua mensagem esteja baseada neste texto, introduza com uma explicação detalhada das relações entre os Judeus e os Samaritanos, as relações entre os homens e as mulheres, a lei acerca do casamento, a origem do poço de Jacó, etc.

CARACTERÍSTICAS DA INTRODUÇÃO
Uma introdução bem estruturada, deve apresentar algumas características como, clareza e simplicidade, deve ser um elo de ligação com o corpo do sermão e uma ordenação de pensamentos de forma lógica e sistematizada e, não deve prometer mais do que se pode dar. É preciso estar atento para o tempo de duração da introdução que, deve ser breve e proporcional ao sermão. Evitar desculpas que possam trazer uma má impressão.

Estudo feito por Ev. Alaid S. Schimidt

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